Bem Dito

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A Igreja Reformada sempre se Reformando

O professor de Antigo Testamento da Faculdade Unida, Dr. Júlio Zabatiero, disse o seguinte:

"O Protestantismo corre o risco de desaparecer com a modernidade, de se tornar uma instituição religiosa irrelevante, incapaz de participar e transformar a sociedade. Corre o risco de ser engolido pelas novas formas de igrejas cristãs sem passado e sem história. Para não ser capturado pelo desaparecimento, cabe-nos assumir concretamente no dia-a-dia o lema Igreja Reformada sempre se Reformando. Cabe a nós, na fé, na resistência e, principalmente, na ação missionária, construir a identidade protestante nos nossos dias tão carentes da presença do Evangelho de Jesus Cristo, a justiça de Deus para nós e para toda a humanidade!" 

A Reforma Protestante do ´seculo XVI não foi nenhuma inovação e sim uma volta às origens. O verdadeiro Evangelho havia sido deixado de lado, o Cristianismo puro e simples não era mais pregado, dogmas haviam substituído as verdades bíblicas na autoridade de Palavra infalível. Com a Reforma Protestante houve um retorno à Palavra de Deus e ao verdadeiro Evangelho de Cristo pregado por Ele e por seu apóstolos. 

Mas a Reforma não pode parar por aí, deve-se fazer jus ao lema "Igreja Reformada sempre se Reformando", pois sempre que a Igreja se desvia da Verdade devemos buscar a volta ao Evangelho Verdadeiro. Esse é um grande desafio no contexto atual de pós-modernidade em que as pessoas buscam nas igrejas um deus que faça suas vontades e não o Deus para adorar e dedicar-lhe suas vidas. Por isso é necessária uma Reforma constante em nossas igrejas ditas Protestantes. Há muito tempo perdemos uma identidade Protestante de fato, nos ramificamos em diversas denominações e muitas vezes a teologia disseminada por estes ramos nada tem a ver com a árvore protestante, com o movimento a qual se dizem pertencer, desta forma, precisamos de uma nova Reforma, de um confronto da teologia pregada e praticada por estes grupo com a Verdade exposta nas Escrituras Sagradas. O confronto com a Verdade liberta, assim diz a Palavra de Deus. 

Durante a história da Igreja vemos que por diversas vezes houve um desvio da fé genuína, na tentativa de retornar a ortodoxia bíblica se esqueceram da piedade e ortodoxia sem piedade produz  frieza espiritual e falta de amor e em contrapartida em reação a isto quando deixaram a ortodoxia e privilegiaram a piedade o que foi introduzido em nosso meio foi o misticismo. Ortodoxia e piedade devem andar juntas, ainda mais neste nosso novo contexto em que as igrejas estão descambando para o liberalismo teológico e negando alguns pilares da fé cristã. 

Não podemos deixar que a frieza espiritual e a falta de amor impere em nossas igrejas. Cristo ensinou a piedade, o amor, a compaixão, a defesa da justiça social, a vida de oração e é um desafio para a Igreja prezar por estes ideais neste mundo pós-moderno em que a individualidade e o egoísmos dão a tônica dos rumos da sociedade e da Igreja. 

Também não podemos nos desviar para o misticismo sincrético, pregando um emaranhado de pensamentos baseados em experiências pessoais, a Bíblia será sempre a única fonte de Revelação e é nela que devemos confiar como Verdade Absoluta, ou seja, não devemos também relativizá-la como fazem os teólogos liberais. 

Sempre que a Igreja se desvia do alvo da sua pregação, da exposição da Verdade ela deve ser Reformada. O entendimento da missão da Igreja é primordial para se estabelecer uma Reforma eficaz. No contexto pós-moderno a missão da Igreja não mudou, devemos pregar o Evangelho a toda criatura, mas precisamos pregar o Evangelho e não os evangelhos falsos que surgiram para satisfazer o ego das pessoas. O Evangelho da justiça, do amor, o Evangelho da maravilhosa graça de Deus. 

A Igreja precisa  de uma identidade, que seja identificada como Noiva de Cristo, submissa a sua Vontade, seguidora dos preceitos ensinados e expostos em sua Palavra.


#JuliusReformado

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